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A reabilitação no pós-operatório de cirurgias lombares é crucial para garantir uma recuperação segura e eficaz, restaurando a função e prevenindo futuras complicações. Cirurgias lombares, como a descompressão espinhal, artrodese (fusão vertebral) ou discectomia, são indicadas para tratar condições como hérnias de disco, estenose espinhal e outras doenças degenerativas da coluna que causam dor e limitação de movimento.

Objetivos da reabilitação após cirurgia lombar

  • Aliviar a dor e o desconforto pós-operatório;
  • Restaurar a mobilidade da coluna;
  • Fortalecer a musculatura de suporte (abdominal e paravertebral);
  • Melhorar a postura e os padrões de movimento;
  • Prevenir a reincidência de problemas na coluna lombar;
  • Promover o retorno seguro às atividades diárias e laborais.

Fases da reabilitação

Fase inicial (imediatamente após a cirurgia até 6 semanas): O foco principal nessa fase é controlar a dor, reduzir o inchaço e proteger a coluna operada. As principais abordagens incluem:

  • Controle da dor e inflamação: Crioterapia (gelo) e técnicas de manejo da dor, como eletroterapia (TENS), são utilizadas para reduzir o desconforto.
  • Mobilização precoce (se permitida pelo cirurgião): Exercícios leves e movimentos passivos são indicados para evitar rigidez e melhorar a circulação, ajudando na cicatrização.
  • Terapias de respiração profunda: Exercícios respiratórios são incentivados para evitar complicações pulmonares, comuns após longos períodos de imobilidade.
  • Educação postural e ergonomia: Ensinar ao paciente como se mover de maneira segura, incluindo como levantar-se da cama, sentar e caminhar sem sobrecarregar a coluna.
  • Exercícios de mobilidade suave: Inclui alongamentos leves e movimentos controlados para manter a flexibilidade da coluna e dos membros inferiores, sem causar estresse à área operada.

Fase intermediária (6 a 12 semanas): Nesta fase, a cicatrização já está mais avançada, permitindo o início de exercícios de fortalecimento e mobilidade mais intensos.

  • Exercícios de fortalecimento: A musculatura abdominal e paravertebral é fortalecida progressivamente para oferecer suporte à coluna e melhorar a estabilidade. O fortalecimento do core (centro do corpo) é essencial para suportar a coluna lombar.
  • Alongamentos suaves e progressivos: Manter a flexibilidade dos músculos que envolvem a coluna, como isquiotibiais, quadríceps e glúteos, é fundamental para evitar rigidez e compensações posturais inadequadas.
  • Terapias manuais: Técnicas de massagem e mobilizações articulares suaves podem ser utilizadas para aliviar a tensão muscular e melhorar a mobilidade da coluna.
  • Exercícios aeróbicos de baixo impacto: Caminhadas leves ou atividades como bicicleta ergométrica podem ser introduzidas para melhorar a resistência cardiovascular, sem causar impacto na coluna.

Fase de fortalecimento avançado (12 semanas a 6 meses): Nessa fase, o objetivo é restaurar a força muscular completa e preparar o paciente para retomar suas atividades habituais.

  • Exercícios de estabilização lombar: Exercícios de estabilidade, como pranchas (planks) e ponte (bridge), são indicados para fortalecer os músculos profundos do core, essenciais para proteger a coluna.
  • Treinamento de resistência progressiva: Exercícios de fortalecimento mais intensos são introduzidos com pesos leves, elásticos e outras formas de resistência, aumentando progressivamente a carga conforme a tolerância do paciente.
  • Treinamento funcional: Atividades que simulam os movimentos do dia a dia (levantar objetos, agachar, virar o corpo) são utilizadas para preparar o paciente para retornar ao trabalho e outras tarefas funcionais.
  • Reeducação postural avançada: A postura e a ergonomia são trabalhadas intensamente para garantir que o paciente adote padrões de movimento seguros e corretos, tanto no trabalho quanto em atividades recreativas.

Fase de retorno total às atividades (6 meses a 1 ano): Durante essa fase final, o foco está em devolver o paciente à sua rotina de forma plena, incluindo o retorno às atividades laborais e esportivas, se aplicável.

  • Exercícios dinâmicos e de impacto leve: Para pacientes que precisam retornar a atividades físicas mais exigentes, são introduzidos exercícios de impacto leve, sempre com cautela e monitoramento.
  • Treinamento de propriocepção e equilíbrio: O objetivo é melhorar a coordenação e a capacidade de o paciente manter o equilíbrio, especialmente em situações de movimento instável.
  • Prevenção de novas lesões: Técnicas de movimento seguro e fortalecimento contínuo são enfatizadas para evitar sobrecargas e prevenir futuras lesões lombares.

7 Benefícios da reabilitação pós cirurgia lombar

  1. Redução da dor e desconforto: Com técnicas manuais, eletroterapia e exercícios terapêuticos, o tratamento fisioterapêutico oferece alívio da dor, promovendo uma recuperação mais confortável.
  2. Recuperação da mobilidade: A fisioterapia auxilia no restabelecimento da amplitude de movimento, permitindo que o paciente volte a se movimentar sem restrições.
  3. Fortalecimento muscular: O fortalecimento dos músculos abdominais, paravertebrais e das pernas é fundamental para estabilizar a coluna e prevenir futuras lesões.
  4. Melhora da postura e ergonomia: A reeducação postural ajuda a corrigir padrões de movimento inadequados, prevenindo novas tensões na coluna e dores recorrentes.
  5. Prevenção de complicações: A reabilitação evita a formação de aderências, rigidez e atrofia muscular, além de complicações associadas à imobilidade prolongada, como trombose.
  6. Retorno seguro às atividades diárias: A fisioterapia permite que o paciente retorne às atividades diárias com segurança, sem medo de provocar uma nova lesão na coluna operada.
  7. Melhora da qualidade de vida: Com o tratamento adequado, o paciente experimenta uma recuperação física mais rápida e eficiente, permitindo que ele volte às suas atividades normais com confiança e independência.

A reabilitação após cirurgias lombares é personalizada para cada paciente, levando em consideração o tipo de cirurgia, a gravidade da lesão e as condições físicas prévias. O acompanhamento constante e gradual da reabilitação fisioterapêutica garante que o paciente possa retornar às suas atividades com segurança e qualidade de vida, prevenindo complicações e promovendo uma recuperação sólida e duradoura.